"Tem porventura o Senhor tanto prazer em
holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de
carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria,
e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar.
Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para
que não sejas rei." 1Sm
15.22-23
Princípio - pode ser entendido como
aquilo que vem antes, começo, nascedouro. Por outro lado, pode ser
entendido como os valores mais caros e inarredáveis de determinada pessoa.
No linguajar popular é comum ser dito:
Princípio - significa que
determinada pessoa possui atributos morais e éticos que pautam a sua conduta
como ser humano.
I. Princípio Divino
Deus é autoridade em si mesmo, e tudo que no
mundo (cosmos) existe é sustentado pela palavra do poder de sua autoridade
(Hb 1.3). Nada sobrepuja a autoridade de Deus no universo. Logo, é
indispensável, para todo aquele que deseja cooperar com o Senhor, conhecer a
autoridade de Deus. Entrar em contado com a autoridade do Senhor é o mesmo
que entrar em sintonia direta com Deus. "A maior das exigências que Deus
faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a
si mesmo. A maior das exigências é que Obedeça".
"Tem porventura o Senhor tanto prazer em
holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de
carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria,
e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar.
Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para
que não sejas rei." 1Sm
15.22-23
·
Diante disso, rejeitar uma ordem de Deus é o mesmo que ir contra o
próprio Deus.
II. Princípio Satânico
"O arcanjo transformou-se em Satanás quando
tentou usurpar a autoridade de Deus, competir com Deus, e assim se tornou um
adversário de Deus. Foi a rebeldia que provocou a
queda de Satanás" (Is 14.12-15; Ez 28.13-17). A intenção de Satanás de
estabelecer o seu trono acima do trono de Deus foi o que violou a autoridade do Senhor.
· Atenção; O princípio de rebelião é passado a todos os homens depois da queda de
Adão. Este princípio o Senhor abomina: é como feitiçaria.
Sempre que alguém peca contra a autoridade de
Deus, peca diretamente contra o Senhor. Não podemos permitir espaço para
rebeldia em nossas vidas. Temos que vivê-las em completa santidade, assim
como Jesus, que em nada foi rebelde ao Pai. Ele vivia, como vive, para
agradar ao Pai e em tudo lhe ser submisso.
III. Autoridade Delegada: Rm 13.1
Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois
não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por
ele estabelecidas.Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se
colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem
condenação sobre si mesmos. Romanos 13:1,2
A. Deus Delega Autoridades em Todas as Áreas da
Vida:
·
Civil: Rm 13.1-3.
·
Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10;
1 Tm 6.1-2.
·
Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.
·
Igreja: 1Co 12.28
Todo discípulo do Senhor, onde estiver, procura
saber quem é a autoridade, para a ela se submeter. Não há espaço para o
"super-espiritual".
B. O Problema do Super-Espiritual:
Quem é este ? É aquele que aparenta
espiritualidade, mas esconde uma grande rebelião e que traz muito dano ao
corpo de Cristo. O super-espiritual costuma dizer: "Eu só obedeço a
Cristo, o Senhor. Não estou sujeito a nenhum homem!" Isto é
loucura. Toda vez que se diz "Deus, quero te obedecer", o
Senhor responde bem claro e preciso: "Ótimo! Então, obedeça ao teu
marido, teu pai, teu chefe, teu pastor!" Aí aparece o
super-espiritual declarando: "Não, eu só obedeço ao Senhor, a
ninguém mais. Só obedeço o que tu me falares pessoalmente!" E,
o Pai, responde com toda firmeza: "Mas o meu desejo é que me obedeças
através deles". Regularmente escutamos esta outra resposta: "Você
não sabe quem é o meu marido, pai, chefe". Ou ainda: "Meu
marido é um alcoólatra, meu pai é incrédulo…"
É inadmissível declarar obediência a Deus e não
às autoridades por Ele delegadas. Sempre que obedecemos às autoridades
delegadas estamos submissos a Deus, estamos agradando ao Pai. Obedecer
somente quando se concorda não é espírito de submissão. É rebeldia e
independência. Importa que, concordando ou não com a ordem, a obedeçamos de
coração. É assim que se age perante Deus.
·
Enquanto não reconhecemos as autoridades delegadas sobre nós, não
chegaremos à maturidade nem ao alvo.
Precisamos de guias que nos levem pelas mãos,
para que não fiquemos no caminho, sem atingirmos o alvo: "...jazem
nas estradas de todos os caminhos, como o antílope na rede" (Is
51.17-20). Os homens esperam que a igreja apareça e os tome pelas mãos,
guiando-os, levando-os pelo caminho em que devem andar.
IV. Submissão, um Princípio de Deus
A. O que é Submissão?
·
Não é mera obediência externa,
nem tão pouco quando controlado. Submissão
é prestar obediência inteligente a uma autoridade delegada. É
exteriorizar um espírito submisso, mesmo quando ninguém está por perto. É
renunciar à opinião própria quando se opõe à orientação daqueles que exercem
autoridade sobre nós.
Quando é que aprendemos o que é a submissão?
Quando é que nos convertemos? Quando aceitamos o senhorio de Cristo sobre
nossas vidas. Quando verdadeiramente renuncio a tudo o que tenho, nego a mim
mesmo , tomo a cruz e sigo ao Senhor. Sigo submisso às direções e orientações
que recebo das autoridades delegadas. "Tende em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus", "antes a si mesmo se
esvaziou"... "a si mesmo se humilhou", "tornando-se
obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2 5-8). Só existe
um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo 2.6). Ele é o nosso
modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a
obediência pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8).
Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem
estaremos sendo cooperadores do Senhor. Se alguém é independente, rebelde,
não é membro do corpo, pois sendo membro será sempre dependente, submisso.
Como pode um membro subsistir no corpo se não se submeter às ordens da
cabeça? Assim também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não
formos sujeitos as autoridades delegadas. Quando uma mulher não se submete ao
seu marido, ou quando um filho não obedece ao seu pai, ou quando o empregado
não acata a ordem de seu chefe, ou quando o discípulo não se submete aos
autoridades, é porque estão cheios de si mesmos. Quem está cheio de Cristo
está cheio de obediência. O evangelho do reino aniquila com a independência
do homem, bem como com a rebeldia: faz do homem um Ser submisso.
B. Os Frutos da Sujeição.
Quando o homem vive no princípio de submissão às
autoridades delegadas por Deus, ele desfruta de benefícios desejados por
todos os homens, a saber:
1.
paz, ordem e harmonia no corpo
de Cristo;
2.
edificação e formação de vidas;
3.
unidade e saúde na igreja;
4.
cobertura e proteção
espiritual.
V. Autoridades Delegadas na Igreja.
A igreja de Cristo é governada por Cristo e, não,
pelo povo. Não existe democracia na igreja, porque a igreja não é do povo, é
de Deus. O que existe é a teocracia: o governo de Deus através de suas
autoridades delegadas.
É impossível edificar a alguém que não se submete
à autoridade. Não há nada mais frustrante do que
apascentar "cabras e bodes". Um filho espiritual obedece
naturalmente.
A. Quem são as Autoridades Delegadas na Igreja?
1.
Cristo : Ef 1.20-22.
2.
Palavra : Mt 7.24; Jo 15.10; Cl 3.16-17. Ninguém pode dizer que é submisso a
Cristo e sua igreja se não obedece à palavra do Senhor.
3.
Apóstolos : At 2.42; 20.17; 2Ts 3.4,6,10,12; 2Co 11.34; 16.1; Tt 1.5. Os apóstolos determinavam a doutrina e usavam amplamente a autoridade
que Deus lhes havia outorgado. A igreja continua necessitando desse
ministério. Continua precisando que os apóstolos ordenem tudo, estabeleçam o
reino de Deus com clareza e firmeza.
4.
Pastores : Ef 4.11, 1Tm 5.17. Estes, como os apóstolos, profetas e evangelistas,
são ministérios específicos de governo e têm a responsabilidade de manterem o
ensino, a visão, a doutrina sempre firmemente claros, cuidando para que não
percam sua consistência, e fiquem fofos.
5.
Paterna : Ef 5.22-24; 6.1-3; 1Co 11.3. O homem é o cabeça, autoridade delegada
por Deus no seu lar, isto porque o Senhor assim o constitui para o
desenvolvimento harmônico da família. O homem não deve ser
"ditador" nem tão pouco um "frouxo". Ele deve ordenar,
governar sua casa dentro dos princípios divinos, com amor. O cabeça deve
sempre procurar escutar o ponto de vista de sua esposa. E a mulher deve
deixar com o marido a responsabilidade da decisão. A mulher e os filhos
precisam da proteção e da autoridade do esposo e pai em todas as áreas de
suas vidas. É assim que Deus determinou, mesmo que ele, marido ou pai, seja
incrédulo.
6.
Guias : 1Co 16.16; 1Ts 5.12-13; Hb 13.17. Todos devem estar ligados por
"juntas" ou "ligamentos", no corpo de Cristo (1Co
12.12-13). São estes que nos unem ao corpo, nos presidem e nos fazem conhecer
as ordens do cabeça, nos ensinam e nos conduzem, guiando-nos no caminho do
Senhor , sem necessariamente serem pastores. Isto faz um corpo coeso e firme.
7.
Uns Aos Outros : Ef 5.21; 1Pe 5.5. Isto embeleza a casa de Deus. Livra a igreja de uma
hierarquia religiosa. Todos se comunicam entre si compartilhando a palavra do
Senhor, aconselhando ou mesmo corrigindo uns aos outros.
B. Estar Sob Autoridade Realça a Personalidade
Ser submisso não aniquila, nem castra a
personalidade de ninguém. Pelo contrário, realça a vida de qualquer um.
Cristo foi o tempo todo submisso, humilde, sempre servindo. E o que ocorreu
com Ele? Jesus Cristo recebeu o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9).
"As palavras que vos digo não vos digo por
mim mesmo" (Jo 14.10). Os escribas eram
"papagaios", mas Jesus tinha autoridade porque estava sob a
autoridade do Pai (Mc 1.22). A autoridade que tinha para perdoar os pecados
vinha da submissão ao Pai (Mc 2.10). A autoridade dinâmica que Jesus teve
extrapolou as tradições. Teve coragem para isto, porque estava sempre sob a
autoridade do Pai (ex.: os cambistas no templo, Jo 2.13-16).
Deus quer uma família de muitos filhos
semelhantes a Jesus, por isso nos coloca a todos sob o seu princípio de
Autoridade e Submissão. Aleluia!
VI. Qual é o Propósito da Autoridade na Igreja?
Para cumprir a grande comissão: "Ide,
fazei discípulos…" (Mt 28.19-20). A autoridade está para ensinar,
educar na justiça, instar, aconselhar, ordenar, corrigir, consolar,
repreender, disciplinar, animar e abençoar (2Tm 2.2; 3.14-17; 4.1-4; Tt
2.11-15; 3.8-11).
VII. Ser Autoridade Delegada Por Deus.
Somente aquele que está sob autoridade na igreja
poderá receber autoridade. Não é possível ser autoridade e ser independente.
O exemplo é o que respalda a autoridade.
No mundo, "os governadores dos povos os
dominam" e "os maiorais exercem autoridades sobre eles" (Mt
20.25). Além do mais, são sempre servidos. No Reino de Deus, paradoxalmente,
é bem diferente: a autoridade é para servir: "quem quiser ser grande
entre vós. será o que vos sirva" (Mt 20.26-27). A motivação da
autoridade deve ser sempre o serviço. Não podemos usar a autoridade que recebemos
em benefício próprio.
VIII. Conclusão
O princípio da autoridade deve ser respeitado e
vivido quotidianamente, pois é um princípio de Deus que, praticado, é uma
bênção. Abandonado, não respeitado, poderá redundar em maldição. Davi,
submisso à autoridade de Deus, foi, por Ele, considerado o homem segundo o
seu coração. Foi uma bênção.
"Todo homem esteja sujeito ás autoridades
superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as
autoridades que existem foram por ele instituídas." Rm 13.1
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
O Principio da Autoridade
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